Cheguei próximo do meio dia, correndo deixei apenas minhas coisas numa pousada e rumei em minha busca pelo Sander. Fui direto a praia buscava entre as ondas o meu amor. Todos que saiam do mar meu coração disparava e nada. Resolvi percorrer a cidadezinha bucólica e pacata. Andei, perguntei; uns não o conheciam, outros desconfiados não respondia. Cansado e sem esperança alguma, um senhor me indicou onde o meu amor morava.
Com passos trópedos, e coração vacilante fui em direção onde o meu coração morava. Bati palma e uma senhora de traços marcantes me atendeu. Perguntei se era ali que Alessander morava; uma lágrima molhou aquele rosto enrugado, marcado pelo sofrimento. De salto disparou, meu filho se foi! Meu coração disparou, minha cabeça rodou e senti-me sem chão. Um calor invadiu o meu corpo, um nó na garganta, senti o meu corpo tombar. Apoiei-me sobre um murro, aquela senhora falava-me algo que meus ouvidos não poderiam acreditar.
Um filme passou na minha cabeça, lembrei daquele surfistinha que saio do mar e me encantou com um sorriso, da sua ousadia em serguir-me, do cheiro de mar que exalava o seu corpo, das suas mãos famintas que desvencilhavam o meu corpo; a sua boca cheirosa e carnuda varrendo o meu sexo; há e aquele brilho no olhar, que se ascenderam ainda mais com os fogos de artifício. De salto sai sem direção. Cheguei à praia e deixei meu corpo cair, apoiados nos meus joelhos, naquela areia fofa. A brisa batia em meu rosto, com os olhos serrados e umedecidos pela dor, buscava nela sentir o beijo daquele homem que mudara a minha vida na virada de ano. A brisa do mar me lembrava o seu corpo e o seu cheiro impreguinado no meu oufato; naquele momento poderia sentir o seu sabor em minha boca. Chorei! Inebriado de emoções, fiquei alguns minutos procurando o meu mundo. Uma mão tocou de leve o meu ombro, por um minuto pensei ser o Sander, virei-me de pronto, uma garota de uns 20 anos fitou mansamente, e com um semblante calmo e um sorriso que me deixou sem jeito, falou: você é o Kleber, não é? Me chamo Caroline e sou irmã do Sander.Acinte com a cabeça, então ela disparou: O Sander me falou muito, e tudo de você. Ele andava angustiado, triste, nem surfar ele ia mais; ficava por horas olhando a estrada esperando quem sabe, você chegar. Confidêncio-me em meio a lágrimas que te conheceu véspera de ano novo, que passaram uma noite incrível juntos que ao amanhecer, buscou na areia o teu corpo, buscou no mar a tua falta; sentia apenas o teu gosto suave na boca. Desde então o Sander não foi mais o mesmo. Ninguém conseguia entender o que se passava com ele, aquele olhar brilhante e cheio de vida desaparecera como mágica. Os amigos tentavam alegrá-lo, tudo em vão! Então decidiu partir.
Mesmo com a voz embargada, perguntei: por que ele decidiu morrer? Por que ele fez isso? Por quê? Com um sorriso tranqüilo, e pegando em minhas mãos, fitou-me docemente e disparou a queima roupa, mais ele não morreu seu bobo, ele foi, foi atrás do seu amor, atrás de você! Adois dias, quase você pega ele aqui. Disse que nem que virasse a capital de pernas pro ar te encontraria e não deixaria mais você partir.
Um turbilhão de alegria e alivio invadiu meu corpo, um sorriso molhado de lágrimas estendeu-se no meu rosto. Abracei-a. Ela disse: vai atrás do meu irmão do teu amor, não deixe ele se perder, infelizmente o doido do Sander não deixou endereço, apenas disse que quando se fixasse ligava, sem celular. Não tenho como te dar o seu paradeiro. Respondi a ela: não importa onde ele esteja, o encontrarei, o meu amor vai me levar ate ele.
Peguei o ônibus de volta ontem, cheguei contei mais essa aventura que escrevo agora ao s mus amigos e vou em busca do Sander; mesmo não sabendo onde procurar!
Bjus a todos!