segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Um Rei, um Anjo e uma história 6ºCap. Parte 01– Os olhos viram e um rei em fuga!

Não poderia acreditar, chegou o natal! Estavam todos felizes, menos eu! Fazia de tudo pra não ficar triste mais não poderia deixar de lembrar minha mãe, do meu pai. Dona Claudia em volta dos preparativos da ceia, muita gente da famí­lia dela viria e os quais só conhecia por foto. Por volta das quatro para um carro lotado em frente a “nossa casa”, eu estava lavando a viatura, quando uma senhora me chamou:

- Você pode pegar essas malas pra dentro da casa do delegado? Mais antes se vista!

Eu estava sem camisa, e logo segui em direção à porta mala, quando levantei os olhos deparei-me com um rapaz de mais ou menos vinte anos, moreno claro, olhos esverdeados e um sorriso que me deixou sem graça!

- Você é o Arthur, não é? O Gabi já me falou de você!

-É sou sim! Prazer!

-Pega essas estão pesadas e eu estou cansado!

Putz! Que cara esnobe, me olhou de cima a baixo e ainda acha que sou serviçal dele? E Ainda saiu em direção ao anjo, dando-lhe um abraço acalorado demais para mim. Entrei em casa calado, a mãe dele dona Marta, olhou-me espantada e berrou:

- Você não tem modos rapaz?

Dona Claudia interveio e disse:

- O que é isso o Arthur faz parte da famí­lia! E eu não admito que fale assim com ele Marta!

-Ele pode ser da sua famí­lia Cláudia, da minha não! Não tenho parente marginal!

Um nó formou-se na minha garganta, soltando as malas corri em direção ao quintal. Ainda ouvi dona Cláudia discutindo com ela. No fundo do quintal deixei as lágrimas cair e num canto sentei. Logo o Gabi chegou.

- Não fica assim a Tia é assim mesmo, meio louca! Não importa o que ela diga de você não é nada disso!

Beijou-me calado. Pegando em minha mão, levantou-me e mandou-me enxugar as lágrimas e enfrentar a todos de cabeça erguida. Passei o maior tempo calado até a ceia. Dona Marta não falou mais nada e até tentou ser agradável, seu marido Virgilio que mais parecia um banana só bebia e seu filho esnobe que se chamava Tom, só me olhava e sorria de canto de boca. Sentei-me do lado de dona Cláudia e observava a felicidade do meu anjo com seus primos. No fundo queria realmente fazer parte daquela felicidade. Por certos momentos o Gabi me olhava e sorria ou ia até mim e perguntava se eu estava bem e voltava, sem ao menos me chamar pra ficar na turma dos rapazes. Todos comendo e bebendo. Conversas soltas, vi quando o tal Tom fez um sinal com a cabeça para o Gabi, que de imediato olhou para mim; fingindo não ter visto nada, Gabi passa por mim e vai em direção a seu quarto, logo em seguida com um sorriso de meia boca pra mim Tom passa e esbarra em minha cadeira. Algo de errado estava acontecendo. Respirei fundo e discretamente fui em direção ao “nosso quarto”, a porta entreaberta me fez meu coração disparar, e empurrando a porta vi o que eu nunca imaginei ver o Gabi deitado na cama e o tal Tom sobre ele. Fiquei paralisado e só poderia querer sair dali. Bati a porta e sai correndo em direção a rua. Sai sem que ninguém percebesse. As lágrimas vendavam os meus olhos e sem pensar peguei a scuter e sai em direção à casa da Ká que estava junto à famí­lia naquela noite de Natal. Enxugava as lágrimas quando de repente senti um forte impacto e tudo apagou.

Fatos narrados por Gabriel.

0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | GreenGeeks Review