segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Um Rei, um Anjo e uma história CAP.10º Na janela ao lado um reencontro


Amor meu grande amor – Barão Vermelho – Gabriel e Arthur se olhando pela janela

Abril se iniciava lindo, quase não lembrava do anjo, mais ainda sentia que o amava. Meu rolo com Felipe esta tudo bem, mais sentia e sabia que ele me amava mais que eu a ele. Junto a ele me sentia protegido, mais também distante de poder lhe retribuir o amor o quanto ele merecia!

Cansado sai do trabalho direto pra casa, na companhia do Felipe, na entrada do condomí­nio um caminhão de mudanças, se dirigia ao bloco do lado, gente nova no pedaço. Subi exausto pra tomar um banho, como sempre acompanhado do Felipe. Percebi uma movimentação na janela ao lado, do outro bloco, como se estivem me olhando, mais não dei bolas e sucumbi aos beijos daquele cara que me amava!

Gabriel...

Chegado à capital, só faltava encontrar o meu Rei, me explicar e conquistá-lo novamente! Só falta ele no nosso ap! Eu, Jú e Ká juntos! Seriamos dois casais, quatro amigos. Passei na faculdade de direito, Jú vai fazer psicologia e a Ká artes plásticas. Cansado foi logo arrumar o meu quarto, sem pai, sem mãe, terí­amos que nos virar. No bloco ao lado, me parece dois caras se pegando, e como não sou bobo, vou logo tratar de me masturbar pra aliviar a tensão da nova vida. Já acostumei a ver o Rei em todos os lugares possí­veis, e mais uma vez era ele ali com outro cara, deixando-se ser visto por mim. Apoiados, eu acho numa mesinha ao pé da janela, o outro cara o penetra e ele olha pra cá, mais o seu rosto se perde a meia luz. Gozo e vou logo tratando de tomar um banho, pra comprar comida pra nós três.

Na portaria conheço a primeira pessoa daquele condomí­nio, um rapaz bonito, até atraente, mais não pra mim, pois ainda amava o Rei e não tinha ficado com ninguém depois dele, fomos conversando pra o restaurante que ficava na esquina.

-Você é novo aqui?

-Sim, mudei hoje! Eu e duas amigas! Vamos fazer faculdade, e também vim procurar um grande amor que por uma bobagem fugiu sem deixar rastros e sem eu me explicar!

-Nossa cara, que barra, mais torço por vocês! O meu namorado mora aqui com amigas, então passo um bom tempo com ele!

- Você é gay?

-Sim algum problema?

- Não! Até fico aliviado, vim pra cá atrás de uma pessoa, meu amor, meu namorado, ou era, eu acho.

-Legal, é sempre bom ter amigos gays! Principalmente se você é novo na cidade! É claro se você quiser ser nosso amigo!

-Claro, será um prazer ser amigo de vocês!

-Então você, na sexta esta convidado a jantar conosco e tomar uma cerveja.

-Ta eu levo a cerveja! Mais tem um problema?

-Eu não sei o teu nome!

Rimos enquanto pegávamos a comida e voltávamos ao condomí­nio!

-Prazer, me chamo Felipe!

-Prazer é meu, Arthur!

Contei animado para as meninas da amizade que fiz do convite para o jantar. Chamei-as, mais as duas já tinham outros planos de aproveitar à capital. A sexta feira quase não chega, mais o engraçado é que nesses três dias, tive novamente a impressão de ver o Arthur por ali no condomí­nio, mais isso deve ser coisa da minha cabeça! Ansioso foi comprar a cerveja e me dirigi ao apartamento do Felipe e do seu namorado que queria conhecer, afinal só conhecia um casal gay, Jú e Ká. Toquei a campainha e logo a porta se abriu, Felipe com um sorriso foi logo me chamando pra entrar e sentar e logo gritou:

- Amor, meu novo amigo, chegou o Gabriel!

Arthur...

Meu coração gelou, era ele! Eu tinha certeza, algo me dizia que era o meu anjo! Não seria bobagem, não poderia ser ele, deve ser coincidência!

-Já vou amor, estou terminando aqui!

Sai em direção à sala mais o meu coração parecia paralisado de medo. Não pude conter a minha emoção ao ver que eu estava certo, era o Gabi. Seus olhos quando cruzaram o meu pararam, seu sorriso foi dando lugar a uma cara de espanto. Cambaleei e sentei no sofá quase desmaiando, o Felipe correu e foi me ajudar.

- O que foi amor!

-Acho que foi a pressão! Estou bem, você pode descer e comprar um remédio pra dor de cabeça à horas a minha cabeça dói...

- Ta vou sim, você fica aqui com o Gabriel eu já volto!

Felipe não tinha ligado a pessoa aos fatos, ou seja, eu e o Gabriel! Quando Felipe saiu, escorreram dos olhos do Gabriel, lágrimas que pareciam presas. Fiquei olhando-o, como estava bonito, mais magro, mais ainda mais charmoso, barba rala, aqueles mesmos olhos penetrantes. De repente o silencio foi quebrado por ele.

- O destino vive pregando peça na gente, e eu vim pra cá pra te encontrar, me explicar! Eu te amo!

- As coisas não funcionam assim Gabriel! Você me trai, com aquele Tom, seu priminho e agora que estou bem você aparece e diz que vai se explicar! Estava muito bem sem você, alias nunca estive tão bem! Por favor, sai daqui! Não quero que o Felipe saiba que você é o mesmo Arthur que me machucou antes! Não quero explicações e muito menos te ver! Sai daqui, por favor, digo ao Felipe que você recebeu uma ligação e teve que sair.

- Deixa eu me explicar, eu sei que você está com o Felipe mais você não o ama, e o Tom...

Aos berros gritei pra que ele saí­sse dali, abri a porta.

- Quem você pensa que é pra aparecer na minha vida e mais uma vez me destruir? Você não sabe o que eu passei Gabriel, por sua causa, vai embora! Me deixa em paz por favor...

Antes de sair, Gabriel olhou bem dentro dos meus olhos, apoiou a mão na minha nuca, como só ele sabe pegar e disse:

- Eu te amo, e eu sei que você me ama! Eu não vou desistir de você! Nunca! Eu vou te explicar o que aconteceu, quando você estiver de cabeça fria! Te amo, você é o Rei do meu mundo!

Tranquei a porta e deixei meu corpo desfalecer em lágrimas sobre o sofá. Percebi que o Felipe já estava chegando, então tratei de parar de chorar. Ao entrar Felipe perguntou como eu estava e onde estava o Gabriel. Eu o disse que tinham ligado pra ele, algum problema com a famí­lia dele, que ele tinha se desculpado. Pedi-o pra ir embora, queria ficar só, Felipe nada entendeu, saiu visivelmente chateado. Foi para o quarto afin de descansar e pensar no que iria fazer: enfrentar o que sentia pelo Gabriel, agora com ele perto; ou fugir mais uma vez! Olhei pela janela e lá estava ele na janela, ficamos nos olhando por alguns minutos, percebi que ele também chorava, baixei à persiana. Um turbilhão de pensamentos povoava a minha cabeça, gostava do Felipe, mais não o amava como amava ao Gabriel. E agora contar ou não para ele que o cara que me machucou esta ali na janela ao lado? Tinha vontade de correr e abraçar, beijar o meu Anjo, mais o meu orgulho era maior e o meu carinho pelo Felipe me impedia de fazer tal coisa. Quando A Bianca e a Alice chegaram contei que o Arthur era o nosso novo visinho, espantadas com essa peça pregada pelo destino, me abraçaram e viram o sol nascer da varanda junto comigo!

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