segunda-feira, 31 de outubro de 2011

UM REI, UM ANJO E UMA HISTÓRIA CAP.9º Chuva e vinho tinto

Minha herança: uma flor – Quando Bianca e Alice encontram Arthur

Calling Out Your Name - James Blunt – Felipe e Arthur

Sem forças pra levantar, fiquei ali no chão encolhido, sangrando e humilhado. Minhas lágrimas misturavam-se ao meu sangue. Não entendia por que tinha que sofrer tanto na vida! Ser estuprado na véspera de daquele, seria pra mesmo para fechá-lo com chave de ouro! Ou as meninas chegando e um grito de horror tomou conta do pequeno prédio de três andares.

-Meu Deus, o foi que fizeram com você meu amor! Disse Bianca.

-Socorro alguém chama a policia, pelo amor de Deus, Alice gritava desesperada pelos corredores!

Co o ânus dilacerado, supercí­lio aberto, e sem forças nada falei, Bianca me juntou em seus braços, me cobriu com a toalha. Chovamos! Meu corpo coberto de dor, e o cheiro daquele maldito homem não saia do meu olfato. Uma sirene soou ao longe e logo enfermeiros me levaram para o hospital. Foi constatado estupro, o que fez a policia ser acionada. Fiquei com medo das ameaças do André, mais acabei cedendo às meninas que me apoiaram. O ano raiou, mais as marcas daquele ano iriam perdurar por muitos e muitos anos. André foi preso, mais antes prometeu vingar-se de mim. Temerosos mudamos, a vida nada muito fácil das meninas estava melhorando e eu comendo eu trabalhando num mercadinho do Seu Ronaldo um senhor protestante, mais gente fina.

Apartamento novo, bairro bom. Trabalho digno e três meses depois, lá pelo fim das águas de março, conheci Felipe, filho do seu Ronaldo que estudava medicina em outro estado e que conseguira a transferência para a faculdade local. Felipe, moreno, alto, olhos marcantes que se completavam com uma moldura sua sobrancelha bem feita. Tremi ao pegar na sua mão, percebendo disse:

- Estar nervoso cara! Calma, sei que sou um gato!

Falou baixinho, quase no meu ouvido!

- Não senhor! Respondi abruptamente!

-Fala sério senhor? Só tenho 23 anos. Senhor ta no céu! Chama-se Arthur, não é! Rei Arthur!

-Não, só Arthur! Não sou Rei de ninguém!

Sai quase correndo em direção do depósito. Passei o dia fugindo dos olhares daquela deliciosa tentação. Depois de um bom tempo senti algo por um cara, mais aquele! Nunca! Alem de doutor, bonito ainda era evangélico! Deve ser até pecado pensar nisso! O André apesar de ter sido violento, não conseguiu me deixar trauma. Fim de semana, sábado à noite, ia esticar e tomar uma cervejinha com as meninas antes do trabalho delas. Já estava de saí­da quando o seu Ronaldo me chama:

- Arthur, o Felipe vai colocar o estoque em ordem, eu não posso ficar aqui, por isso preciso que o ajude, que eu lhe pago hora extra!

-Tudo bem seu Ronaldo! Suspirei!

Começamos a organizar as coisas e logo uma chuva começou a cair, uma chuva de raios e trovões fortes, lembrei-me do quintal que costuma entrar água se não colocar um saco de areia no pé da porta. Corri em direção ao quintal, tentei em vão colocar sozinho o saco, então não conseguindo gritei pelo Felipe que logo chegou. Colocamos e trancamos a porta, encharcados e com frio rimos e ele disse:

-E agora? Estamos molhados, com frio e só falta...

A luz apagou, rimos e eu completei:

- Não falta mais, alias faltou, luz! Vou pegar algumas velas para acendermos!

Voltei com as velas e o Felipe saiu um pouco e voltou com um velho edredom no braço, uma garrafa de vinho numa mão e duas taças na outra.

-Vamos nos esquentar!

-Ta bem, respondi sem jeito.

Sentado no chão, sobre papelões e só de cueca box; serviu-me uma taça de vinho e disse:

- Vem vamos nos agasalhar e tomar uma taça de vinho! E tira essa roupa molhada pra não se resfriar!

-Não! Não, aqui ta bom, e além do mais não to com frio!

-Vem deixa de bobo, não farei nada que você não queira!

Meu coração disparou, comecei a tirar a roupa molhada, ficando também só de cueca. Fiquei encolhido com vergonha. Sentei ao seu lado e senti o seu corpo perto do meu. Felipe nos envolveu no edredom. Brindamos, rimos um pouco. Envergonhado, não olhava pra ele, mais percebia o seu olhar, e por algumas vezes senti o seu nariz tocar o meu rosto, mais nada fazia, depois de uma garrafa e mais uma, eu já estava meio algo, e aquele vinho tinha feito a minha libido subir aos céus. Quando percebi que a sua boca perto de mim, virei-me de uma vez e nossas bocas se tocaram. Não fiz nenhum movimento, nem ele. Ficamos ali com as bocas coladas por alguns segundos, quando largando a sua taça de vinho chão, Felipe e pegou pela nuca e sua lí­ngua começou a fazer pequenos cí­rculos dentro da minha boca. Seu beijo tinha gosto de vinho misturado à menta. Puxando-me fui em direção ao seu corpo no chão. Deitado sobre ele, eu senti a suas mãos pelo meu corpo, arrancando a minha cueca molhada. Enquanto me beijava ria e me apertava contra o seu corpo, senti meu pênis rijo tocando o dele feito pedra. Sentei sobre o seu mastro ainda sobre a cueca e baixei novamente em direção aos seus mamilos, sugava um por vez, enquanto os seus dedos se entranhavam nos meus cabelos e baixinho gemia e falava baixinho:

-Vai meu amor! Sou teu, na hora que eu te vi sabia que você seria meu, só meu!

Desci a lí­ngua pelo seu abdômen, passei-a pelo seu umbigo e foi descendo, beijando o seu púbis, seus pelos serrados, seu cheiro bom. Sentia o seu pênis tocando o meu rosto, peguei-o e comei a sugar os seus testí­culos, arrancando-lhe gemidos cada vez mais altos. Subi a lí­ngua seguindo a sua uretra. Engoli a sua glande com suavidade antes de solver um gole de vinho da garrafa! Engoli cada centí­metro daquele mastro, agora sabor vinho tinto seco. Puxando-me mais uma vez em direção da sua boca. Beijou-me a ponto de me deixar sem ar; levantou-se e me pós de quatro, abriu as minhas nádegas com as mãos e senti o aveludado da sua lí­ngua no meu orifí­cio, lambidas que me levaram a implorar a sua penetração, queria senti aquele homem dentro de mim. Atendendo aos meus pedidos senti a sua glande invadir-me, seguido de cada centí­metro do seu sexo, bombando levemente e beijando-me as costas. Sentia as suas mãos apertarem o meu quadril num ritmo que ia aumentando. Sentado, sentei-me sobre ele e ficamos de frente, subia e descia naquele volume que me preenchia; beijava-o, lábia os seus lábios. Sua respiração ofegante deu sinal que iria explodir em gozo, senti os seus jatos me invadirem, continuei a subir e descer, agora friccionando o meu pau sobre a sua barriga até melar todo o seu umbigo com o meu gozo. Caí­mos no chão, exaustos e ficamos ali agarradinhos e ele falou:

-Desde a primeira vez que eu te vi, eu fiquei apaixonado por você, fiquei super feliz quando percebi que ficou sem jeito! Quero você pra mim, meu Rei Arthur!

Levantei-me e fiquei pensativo, logo ele perguntou:

-O que foi? O que eu disse de errado?

-Você me chamou de Rei!

-É a segunda vez que fica esquisito quando te chamo de Rei por que?

Resolvi contar toda a história sobre mim e o Gabriel; quando terminei Felipe me abraçou e disse:

-Não vou gostar menos de você por que você teve outra pessoa na sua vida, prometo não mais te chamar de Rei, e se você ainda gosta dele, terei paciência e entenderei você! Farei de tudo pra você esquecer.

Ficamos ali agarrados. Pensei no Gabi, em nossas vidas, o que ele estaria fazendo? Estaria ele com outro rapaz? Senti-me culpado por tentar amar novamente, mais bem sabia que seria difí­cil esquecer aquele anjo, mais tentaria! Adormecemos e só acordamos quando a luz se normalizou e a chuva já havia parado. Saí­mos e fomos sorrindo com o tempo pra casa.

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